Os casos de professoras colocadas em municípios do interior na província da Huíla que pedem transferência para à cidade do Lubango, alegadamente por estarem grávidas e em situação de risco têm sido recorrente.
O governador provincial da Huíla, João Tyipinge, que prestou esta informação, disse que todos os dias recebe requerimentos de professoras que leccionam no interior a solicitar transferência para o Lubango. “No acto da colocação as professoras aceitam o desafio de trabalhar no interior do município, passando algum tempo, fabricam argumentos para regressar ao Lubango. Isso não é justo!”, deplorou.
Na altura do concurso pú-blico para admissão de professores , segundo João Tyipinge, os concorrentes são informados que irão apenas trabalhar fora da cidade do Lubango, mas ainda assim, depois de algum tempo arranjam artimanha e pedem transferência para a cidade do Luban-go. “Só depois de algum tempo de trabalho os professores pedem transferência alegando que estudam no Lubango,” disse Tyipinge, para acrescentar que, “quem está colocado no município dos Gambos, situado a 150 quilómetros do Lubango, por exemplo, não consegue fazer o trajecto diário Lubango/ Gambos e estar a horas no local de trabalho. Portanto, não é possível percorrer esta distância todos os dias, e sem carro próprio, e estar no serviço a horas”.
O responsável máximo da província da Huíla lembrou que os próximos concursos públicos para admissão de professores , conforme orientação do Executivo, serão feitos nas respectivas localidades. “Este método visa beneficiar, em instância, as pessoas onde serão feitos os concursos pú-blicos”, disse.
O governante informou ainda que até 2016, a província da Huíla tinha um défice de 3.095 professores, e em face disso, no ano passado foram admitidos cerca de 400 docentes.