Consta que alguns estabelecimentos comerciais já fecharam as suas portas enquanto outros estão na iminência de seguirem o mesmo caminho, o que poderá aumentar os índices de desemprego naquela província.
Fontes locais dizem que a AGT tem agido com a «mão pesada» na cobrança de impostos, sem ter em conta a gritante a falta de liquidez entre os empresários e comerciantes locais, que foram duramente afectados pela crise económico-financeiro que assola o país.
Defendem que as cobranças deveriam variar em função da maior ou menor concentração de massa monetária das regiões do país. «Um comerciante rural não deve, por exemplo, pagar o mesmo valor do imposto que um seu homólogo da cidade, assim como um empresário do Huambo não pode ter a mesma carga de impostos que um seu congénere de Luanda».
Convém recordar que a província de Benguela viveu um episódio do género, o que levou o antigo governador Isaac dos Anjos a atirar-se em praça pública contra a AGT, devido à agressividade deste organismo na cobrança de impostos, incluindo os dos anos anteriores, que teriam sido perdoados.